"Viver é prejudicial à saúde"
— Jamil Snege
No Céu da Boca reforça o olhar do autor sobre o ser humano, suas contradições e fragilidades, tecendo uma narrativa a partir de contos e crônicas dos livros Como eu se fiz por mim mesmo (1994) e Como tornar-se invisível em Curitiba, coletânea de contos publicadas entre 1997 e 2000, entre outros.
Ao lado de "Cabaré Haikai", inspirada em Paulo Leminski, a nova montagem da Na Carreira Produções Artísticas propõe revisitar a obra de Jamil Snege, reafirmando sua importância e a irreverência que marcou sua trajetória.
"Montar uma peça a partir da sua obra não é apenas um gesto artístico, mas também um ato de preservação da memória literária de Curitiba. Snege foi um autor singular, cuja escrita, marcada por ironia, humor crítico e profundidade existencial, atravessa o íntimo e o social com a mesma intensidade", ressalta o diretor Roddrigo Fôrnos.
A peça mergulha no universo literário de Jamil Snege, explorando suas narrativas que transitam entre o cômico e o absurdo, o real e o fantástico. Através de contos e crônicas, o espetáculo revela um autor que soube como poucos capturar as contradições da vida urbana e as fragilidades do ser humano.
Com humor ácido e sensibilidade aguçada, Snege construiu uma obra que dialoga profundamente com a cidade de Curitiba e seus habitantes, mas que transcende o regional para tocar questões universais sobre identidade, memória e existência.
O espetáculo propõe uma experiência cênica que honra a irreverência e a profundidade do autor, trazendo para o palco personagens e situações que revelam a genialidade de um dos mais importantes escritores paranaenses.
Roddrigo Fôrnos
Dimis
Roddrigo Fôrnos
Dimis
Ane Adade
Michele Bittencourt
Renata Bruel
Kauê Persona
Marcelo Rodrigues
Gilson Fukushima
Rodrigo Henrique
Rodrigo Henrique
Ane Adade
Elis Koppe
Guenia Lemos
Albie Conceição
Cristiano Faria
Semy Monastier
Thiago Chaves
Roddrigo Fôrnos
Alanna Biatriz
Mariana Borges
Alanna Biatriz
Raphael Barbosa
Linha Comunica - Paula Melech
Nay Klym
Eduardo Ramos
Anáthaly Kleina
Emanuel Aquino
Na Carreira Produções Artísticas
Entre seus principais títulos, destaca-se Os verões da Grande Leitoa Branca (1990), romance que mescla memória, fantasia e realidade. Outras obras de destaque incluem Viver é prejudicial à saúde (1978), romance que critica padrões de comportamento da classe média, e Senhor (1982), narrativa que mergulha em jogos de linguagem.
Também são notáveis Ficção Onívora (1994), coletânea de textos curtos, Tempo Sujo (2005), reunião de crônicas e reflexões sobre a vida, a política e a cultura, e Abaixo de zero: histórias de amor & de terror (1994), que reúne contos que transitam entre o cômico e o absurdo.
Essas obras o aproximaram da tradição modernista e, em especial, da verve inventiva de Paulo Leminski, de quem foi contemporâneo e amigo. Leminski e Snege foram contemporâneos, publicitários e escritores que dialogaram com a cidade e com seu tempo, deixando uma obra que ainda pulsa e provoca.
Curitiba foi berço de um notável grupo de escritores que marcaram época e abriram caminhos na literatura brasileira. Ao revisitar Snege, reforçamos essa ponte de vozes que ajudaram a construir a identidade cultural da cidade.
Poeta, tradutor e escritor, revolucionou a poesia brasileira com sua irreverência e genialidade.
Contista consagrado, mestre da narrativa curta e da observação dos tipos urbanos.
Poetisa que marcou gerações com sua sensibilidade e profundidade lírica.
Escritor experimental que ousou na linguagem e na forma narrativa.
Poetisa e letrista, voz feminina fundamental da poesia paranaense.
Romancista premiado, autor de obras que dialogam com o contemporâneo.
A ironia e o humor crítico de Snege são traduzidos em cenas que provocam riso e reflexão simultaneamente.
Estrutura que espelha a forma dos contos, criando um mosaico de histórias e personagens.
A cidade como personagem, revelando suas contradições e peculiaridades através do olhar do autor.
Exploração das fragilidades humanas e das questões existenciais presentes na obra de Snege.
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